EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO
Coordenador do Cemec-Fipe (Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Carlos Antonio Rocca
compartilhou da visão apresentada por Samuel Pessoa.
Para Rocca, é preciso antes de tudo de uma visão de médio e longo prazo para tentar atacar as deficiências estruturais que o país carrega já tem bastante tempo.
Dados do IFI (Instituto Fiscal Independente) citados por Rocca indicam que o crescimento potencial do PIB brasileiro na próxima década é de módicos 1,7% ao ano.
“Temos milhões de pessoas com problemas sérios de pobreza, e ao longo dessa década, com esse crescimento [projetado], não vai mudar de modo significativo o quadro”, afirmou o especialista do Cemec-Fipe.
Uma maior abertura da economia local para aumentar a concorrência, mas sobretudo o investimento em educação, de modo a desenvolver políticas de inovação que levem a um ganho de produtividade mais à frente, foi o caminho apontado pelo coordenador para que o país consiga avançar na pauta de investimentos de maneira perene.
Rocca acrescentou que a manutenção da taxa de juros (https://www1.folha.uol.com.br/folhatopicos/juros/) em patamares baixos é outra condição necessária, sem a qual não será possível avançar em uma agenda de evolução dos investimentos na região.
“O investimento privado só vai acontecer à medida que a taxa de retorno seja superior ao custo de capital. Então, manter os juros baixos é fundamental para estimular o investimento privado”, afirmou.